sexta-feira, 29 de agosto de 2008

=/

Um dia as coisas se modificam
As pessoas se renovam
E as coisas voltam a ser como sempre foram
Modificadas ou não, é sempre assim
O mundo gira,
E as pessoas ao se moverem
Abismam-se em sua inércia desejada
E assim procuram novamente a mudança
O refugio é tudo que nos protege
Mas vai alem
Refugio, é a sensação de ser e estar
Sobre o que mais se quer ter
E se sentir como há muito não se sentia
Mas alem disso, o que nos impede de mudar?O medo?
O que é o medo senão a vontade de se esconder
E se limitar apenas ao conhecido?
O limite, outros ponto difícil de desvendar
Na qual é complicado saber onde ele começa
Porem, mais utópico é tentar adivinhar onde termina
E por falar em terminar,
Aqui termino isso que escrevo
Não sei ao certo como posso chamá-lo
Mas prefiro não intitulá-lo
Deixarei que tua inércia o decodifique.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Eu tenho um texto e pronto.

A casa não está muito arrumada, e deveria tirar o dia para ajeitá-la.
Mas prefiro viver assim, na minha bagunça arrumada.
Talvez assim eu me ache.
Alem do mais, eu tenho um texto e pronto.

Queria estar em um outro lugar
Onde tudo poderia ser perfeito
E houvesse um aro-íris de cores reais
Assim meio violeta.
Mas enquanto não chego lá
Me distraio.
Pois, eu tenho um texto e pronto.

Saio por aí com os amigos
Já escureceu...
Sento a beira da rua
Me distraio
Dou risada
E lembro que tenho um artigo para escrever
Pra quem ainda não conheço
Mas não me importo muito
Porque eu já tenho um texto e pronto

Saio da calçada
Entro em meu quarto
Tenho muitas duvidas para me preocupar
E me lembro de outra coisa:
Tenho que compor aquela musica,
Que fiz pra você, apenas em meu pensamento.
Mas deixarei isso para o amanhecer
Alem disso, o dia já nasceu.
E ainda me lembro que eu tenho um texto.
E pronto...
Ou será dois textos?

rs...

Uma bobeira qualquer...

Apenas escrevo...
Escrevo porque minha alma chora
Um choro de felicidade, de sofrimento, de lamento
Mas principalmente e amor.
Um amor que ainda se encontra distante
Mas que não diminui em nada a doçura, o frescor e a magia de seus sentimentos
Um amor ainda silencioso, mas que não se cala dentro de mim
E se esconde num simples sussurrar
Que se rende aos encantos da juventude
Que se fortalece pela simples existência do outro
Que em noites frias me aquece
Que em dias quentes me refresca
E que em momento de pura alegria, me faz acreditar que a felicidade existe
Um amor que se condiciona e adapta a necessidade do silêncio
Mas que jamais se conforma com as faltas de condições
Um amor platônico a dois
Que uniu dois corações que nunca ficou a procura, mas que encontrou um ao outro
Como quem confia o momento certo para agir
Um amor que amadurece com o tempo
E aguarda o momento certo para ser vivido com os desejos que se merece
Um fruto raro...
E por muitos ainda desconhecido
Mas que aguardara o momento certo para ser colhido e saboreado com a gula de que espera o ser amado
E com a fome de quem muito se quer amar
Um amor que de tão bom maltrata, pela intensidade do sentir
Um amor que me toma e me torna refém de ti
Um amor que me apresentastes e me ensinastes
Um amo que só a nós pertence
Um amor que por fim posso chamar de meu...

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Uma mera descrição alucinada

Me digas quem tu és, mas me diga com a mesma exatidão que me questiona quem sou eu.
Porque eu sou o medo, a insegurança segura, o mistério desvendável.
E você? Não sei.
Talvez sejas o desvendar dos mistérios. A mescla do branco e do vermelho, cujo resultado forma a uma aquarela de cores fixas. Que se fixam como o teu olhar.
Eu me vejo como uma contradição, mas você, é contra a adição de tudo que julga-se óbvio demais.
Óbvio como o teu romantismo, que nos tempos modernos são ultrapassados, mas no tempo do sentimentalismo mórbido e verdadeiro, é renovado em cada gesto pensado para a outra pessoa.
Outra pessoa? Que pessoa? Hummmm.. não sei!
Assim como também não sei o que realmente se passa, ou paira sobre a tua perspicácia dividida entre a cautela e a curiosidade disfarçada. Entre o teu quer e o teu poder. O teu saber e o teu entender.
Talvez ao falar de ti, ou resumi-la em uma equação, daquelas que pensastes antes de dormir, não acharia uma fórmula que me trouxesse um resultado satisfatório, para somar ou dividir em partes iguais as vezes que em olhou procurando respostas para coisas que tua abstração se questionava.
Um questionamento que se intimidou pelo o meu, mas que fermentava ainda mais o desejo do desvelar daquela cortina, não apenas para apreciar a paisagem que lá pudesse estar do outro lado da janela. Mas para se infiltrar ainda mais num mundo desconhecido, que te cativou, talvez não pela beleza em si, mas pelas formas que poderia dar àquelas paisagens.
Ainda não sei o que esperas do mundo, pois de política entendes muito mais do que gostas, mas é incerto inferir isso. Porém, inferências a parte, o que se pode afirmar com certeza, é a complacência de um carinho dengoso, que sabe ser gentil quando necessário, mas que não consegue deixar de ser dócil, nem mesmo quando a astúcia toma forma de arma, para ir à guerra, contra um inimigo anunciado e desconhecido.
Mas e quando o inimigo possui as mesmas aramas, e te vês sem proteção alguma? O que fazer para procurar abrigo?
Abrigo?
Armas?
Se proteger de que?
Contra parte do teu espelho, que se viu despedaçado, quando me encontrou ali...
Tranqüila e calma, como alguém que pára, senta e apenas pensa?
Ou contra tudo aquilo que preparastes para a guerra mas que a pressa te fizestes esquecer de uma primeira batalha?
Mas, deixarei isso para um outro momento, pois, ainda estou tentando me desfazer de um tal efeito narcotizante, que os dias irão se encarregar de oprimir, dando lugar a uma satisfação restrita ainda ao gesto de querer conhecer.
Certamente ainda me julgas um mistério, e que eu talvez saiba o porquê.
No entanto, és tu que me confunde durante a noite com os teus gestos involuntários e incessantemente certos, me faz te questionar a cada amanhecer.
Texto baseado em uma experiencia ímpar, regada a mta conversa, risadas e observaçoes...