quinta-feira, 23 de abril de 2009

Delírios II

Aqui sentada nesta cadeira vejo tudo que perdi
Vejo alguns amores que deixei
E alguns amigos que não visitei
Admito que rude eu fui
Com meus medos e meus desejos
Mas não foi por querer te fazer sofrer
Foi pelo medo do sofrimento
No balançar da cadeira reparo que estou só
Tudo que sempre quis foi estar ausente de mim
E hoje sinto a ausência de alguém
Meu corpo sob o efeito da dor
Retrai para um isolamento constante de alma
E se coloca a disposição da solidão
Fechando os olhos posso até tocar meus sonhos
Mas abrindo minhas pálpebras ouço um grito
Um grito que se mistura a uma risada gostosa
E percebo que é minha consciência se lembrando de você
Sinto um afago em meu peito, e recordo dos nossos planos
Viajo lembrando das viagens que fizemos em pensamentos
O tempo vai passando, a idade já não me permite correr
Mas ela não me deixa ficar totalmente inerte,
Minha boca esta seca pelas lembranças dos nossos beijos não dados
Quero ir até um copo d’água logo a minha frente
Mas prefiro permanecer nesta cadeira da vida
Fazendo de minhas lagrimas minha própria saliva

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Delírios

Se perca sobre mim
Pelos seus pêlos me conforto no silencio
Me apego ao seu desejo e apenas deliro
Quero que grite
Mas grite baixo para não acordar meus sentimentos
Para evitar que desperte o meu amor
Sussurre outros nomes, mas não me deixe ouvir apenas um
Escute o que tenho a dizer, e não me permita partir
Segure minha mão e também meus cabelos
Jure amor eterno a todas
Não esqueça que eterna será minha forma de gostar
Me permita gostar
Mas não me permita duvidar do que tenho certeza
Me dê um pouco da sua água
Mas me deixe na sede do meu querer
Espero que não espere mais
Ou que tua espera não seja tão dolorida como a minha
Que se prontifica a ficar só, pela conveniência do seu simples gostar