segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Uma mera descrição alucinada

Me digas quem tu és, mas me diga com a mesma exatidão que me questiona quem sou eu.
Porque eu sou o medo, a insegurança segura, o mistério desvendável.
E você? Não sei.
Talvez sejas o desvendar dos mistérios. A mescla do branco e do vermelho, cujo resultado forma a uma aquarela de cores fixas. Que se fixam como o teu olhar.
Eu me vejo como uma contradição, mas você, é contra a adição de tudo que julga-se óbvio demais.
Óbvio como o teu romantismo, que nos tempos modernos são ultrapassados, mas no tempo do sentimentalismo mórbido e verdadeiro, é renovado em cada gesto pensado para a outra pessoa.
Outra pessoa? Que pessoa? Hummmm.. não sei!
Assim como também não sei o que realmente se passa, ou paira sobre a tua perspicácia dividida entre a cautela e a curiosidade disfarçada. Entre o teu quer e o teu poder. O teu saber e o teu entender.
Talvez ao falar de ti, ou resumi-la em uma equação, daquelas que pensastes antes de dormir, não acharia uma fórmula que me trouxesse um resultado satisfatório, para somar ou dividir em partes iguais as vezes que em olhou procurando respostas para coisas que tua abstração se questionava.
Um questionamento que se intimidou pelo o meu, mas que fermentava ainda mais o desejo do desvelar daquela cortina, não apenas para apreciar a paisagem que lá pudesse estar do outro lado da janela. Mas para se infiltrar ainda mais num mundo desconhecido, que te cativou, talvez não pela beleza em si, mas pelas formas que poderia dar àquelas paisagens.
Ainda não sei o que esperas do mundo, pois de política entendes muito mais do que gostas, mas é incerto inferir isso. Porém, inferências a parte, o que se pode afirmar com certeza, é a complacência de um carinho dengoso, que sabe ser gentil quando necessário, mas que não consegue deixar de ser dócil, nem mesmo quando a astúcia toma forma de arma, para ir à guerra, contra um inimigo anunciado e desconhecido.
Mas e quando o inimigo possui as mesmas aramas, e te vês sem proteção alguma? O que fazer para procurar abrigo?
Abrigo?
Armas?
Se proteger de que?
Contra parte do teu espelho, que se viu despedaçado, quando me encontrou ali...
Tranqüila e calma, como alguém que pára, senta e apenas pensa?
Ou contra tudo aquilo que preparastes para a guerra mas que a pressa te fizestes esquecer de uma primeira batalha?
Mas, deixarei isso para um outro momento, pois, ainda estou tentando me desfazer de um tal efeito narcotizante, que os dias irão se encarregar de oprimir, dando lugar a uma satisfação restrita ainda ao gesto de querer conhecer.
Certamente ainda me julgas um mistério, e que eu talvez saiba o porquê.
No entanto, és tu que me confunde durante a noite com os teus gestos involuntários e incessantemente certos, me faz te questionar a cada amanhecer.
Texto baseado em uma experiencia ímpar, regada a mta conversa, risadas e observaçoes...

4 comentários:

di disse...

esse blog tá bixadoooo, meu
já tentei comentar e nada... =/

rhummmm

gosto tanto!

di disse...

"O amor contém em si um fenômeno tão raro que se pode viver a vida inteira sem encontrar a criatura a quem a natureza conferiu o dom de nos fazer felizes. Essa reflexão é de arrepiar porque, se a criatura é encontrada tarde, que fazer?"

é...

Libertinagem... disse...

Amor, um fenômeno?
Diria um estado de ser que depende apenas da existência do outro.
Raro?
A raridade é uma virtude que apenas os sábios conseguem evidenciar.
Mas, prefiro não continuar com essa reflexão chula. No entanto, gostaria de saber o que é tarde? Se o ser é encontrado tarde, ao menos foi encontrado, né? (sinal que existe).
Nunca é tarde quando realmente se espera e se quer viver um amor, mesmo que ela não seja o maior de sua vida...
Existem pessoas que almejam apenas existir, e vivem a procura. Outras, não sabem o poder de sua raridade. Algumas de tão raras produz em nós certos efeitos narcotizantes...
Nossa. E ainda existe gente que diz que o amor é uma coisa boa.
(só pra descontrair)
=D

di disse...

então,

tarde?? sei lá,
às vezes a gente perde a noção do momento, da espera, de ser ou não ser mais amor, enfim,tarde...

conceito errado??

ps.
Gosto Tanto!!