terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Alguma Lembrança

O tempo pousa sobre meus ombros
Minhas mãos já não obedecem à razão
Minha mente insana por si,
Se perde sobre a memória mórbida
Que penetras sobre os ralos da ansiedade
O que digo?
Minha fala não está ecoando nos silêncios do seu martírio
Minh’alma que antes se afetara no sentimento
Aqui, neste momento, é apenas mais uma a descansar
No cemitério dos céus infernais
Mas não me importo
Tenho o que há de mais importante
Mesmo que todos me impeçam de fugir
Me obrigando a ficar sobre a realeza da hipocrisia
Mesmo isso não é tão admirável
Sou digna de todos os sentimentos
E gosto dos mais promíscuos e vulneráveis
E ainda sim, sofrendo por isso, tenho o essencial:
Um papel meio amarelado pelo café que derramou,
E um lápis cujas pontas fincam sobre a folha velha
Se fazendo espelho de uma tola indignação.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Diferente

Alguns toques e pronto
Tudo some, e tudo surge do nada
A felicidade é um bem perecível,
Que nunca consumimos dentro de seu prazo de validade
Então, nos entupimos com a lembrança,
Até daquilo que ainda esta por vim
De tudo que foi vivido, sofrido, chorado e porque não “sorrido”
Mesmo assim a satisfação ainda não vem embalada a vácuo
E hoje é um daqueles dias que reflito sobre meu vizinho, apesar de não conhecê-lo
Apenas procurando me satisfazer
Talvez em uma embalagem de hambúrguer eu encontre: uma satisfação com rótulos vermelhos
Ou me delicie numa água gelada gaseificada e escura
Quem sabe vá para frente da TV assistir o que “plim plim” me oferece
Estou sem sono, e meu calmante continua longe
Não inventaram um remédio para saudade,
Mas pouco me importa.
Já que não sinto meus pés,
Preciso de meias e um pouco de musica
Talvez eu vire burguês
Ou apenas algum texto medíocre.