terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Alguma Lembrança

O tempo pousa sobre meus ombros
Minhas mãos já não obedecem à razão
Minha mente insana por si,
Se perde sobre a memória mórbida
Que penetras sobre os ralos da ansiedade
O que digo?
Minha fala não está ecoando nos silêncios do seu martírio
Minh’alma que antes se afetara no sentimento
Aqui, neste momento, é apenas mais uma a descansar
No cemitério dos céus infernais
Mas não me importo
Tenho o que há de mais importante
Mesmo que todos me impeçam de fugir
Me obrigando a ficar sobre a realeza da hipocrisia
Mesmo isso não é tão admirável
Sou digna de todos os sentimentos
E gosto dos mais promíscuos e vulneráveis
E ainda sim, sofrendo por isso, tenho o essencial:
Um papel meio amarelado pelo café que derramou,
E um lápis cujas pontas fincam sobre a folha velha
Se fazendo espelho de uma tola indignação.

Um comentário:

A. Müller disse...

Olá, gostei muito de seu poema também gostaria de publicá-lo em um blog que estou criando, que tem o objetivo de mostrar poemas retirados de outros blogs. Eu também gosto muito de escrever porém achei mais interessante publicar coisas de outras pessoas junto com os meus.
http://teuspoemas.blogspot.com