quinta-feira, 23 de abril de 2009

Delírios II

Aqui sentada nesta cadeira vejo tudo que perdi
Vejo alguns amores que deixei
E alguns amigos que não visitei
Admito que rude eu fui
Com meus medos e meus desejos
Mas não foi por querer te fazer sofrer
Foi pelo medo do sofrimento
No balançar da cadeira reparo que estou só
Tudo que sempre quis foi estar ausente de mim
E hoje sinto a ausência de alguém
Meu corpo sob o efeito da dor
Retrai para um isolamento constante de alma
E se coloca a disposição da solidão
Fechando os olhos posso até tocar meus sonhos
Mas abrindo minhas pálpebras ouço um grito
Um grito que se mistura a uma risada gostosa
E percebo que é minha consciência se lembrando de você
Sinto um afago em meu peito, e recordo dos nossos planos
Viajo lembrando das viagens que fizemos em pensamentos
O tempo vai passando, a idade já não me permite correr
Mas ela não me deixa ficar totalmente inerte,
Minha boca esta seca pelas lembranças dos nossos beijos não dados
Quero ir até um copo d’água logo a minha frente
Mas prefiro permanecer nesta cadeira da vida
Fazendo de minhas lagrimas minha própria saliva

Um comentário:

ANTONIO NAHUD disse...

PARABÉNS PELO BLOG!
Conhece o meu?

Abraços,

*
Há três semanas na net, o blog O FALCÃO MALTÊS comemora:

3.000 visitantes (do Brasil, Reino Unido, Espanha, Portugal, Gana e EUA), 200 comentários e 69 seguidores (entre eles, o poeta TANUSSI CARDOSO, o ator SELTON MELLO e os críticos de cinema ANDRÉ SETARO e RUBENS EWALD FILHO).

É só contentamento! Obrigado!


www.ofalcaomaltes.blogspot.com


Estamos brindando com novas postagens:


WALTER SALLES COM O PÉ NA ESTRADA

O JARDIM DOS FINZI CONTINI, de Vittorio De Sica

DOUGLAS SIRK POR RAINER WERNER FASSBINDER

FLORINDA BOLKAN: DO NORDESTE PARA O MUNDO


Até mais! Aguardamos você!
Antonio Nahud Júnior
*