terça-feira, 17 de junho de 2008

Amazônia: ALUGA-SE

De uns dias pra cá tem se ouvido falar da suposta venda e compra da Amazônia. Digo suposta, porque é tanto excesso de informação que nem sei mais quem quer comprar o quê.
Bom, assistindo algumas matérias sobre isso, e observando algumas pessoas, pude perceber como a mídia promove em nós o nascimento de diversos sentimentos, inclusive o de nacionalismo.
A televisão mostra as manchetes sobre a venda da Amazônia, como se o carinha lá, dono das ONG’s ambientais, ao comprar propriedades na nossa grande e querida floresta, estivesse nos afrontando.
Porém, ninguém assume que se ele quisesse comparar uma propriedade nossa, ah! Nossa! Como seria bom ganhar alguns milhões por alguns hectares, né?!
Mas não é isso que quero escrever nisso que chamo de texto. Quero tentar entender o porque, porquê, por quê (puta que pariu, nunca sei usar esse trem com assento nos pq’s) de tanta revolta.
O fato é que, me causa risos a questão de todos agora se indignarem por ter um magnata querendo, ou melhor, afirmando que a Amazônia pode ser comprada. E o mais interessante é analisar como um fato deste faz nascer em nós verdadeiros tarzans, que vêem na Amazônia, um lar, uma casa, um cantinho de aconchego, pelo qual se deve lutar e defender acima de tudo.
No entanto, o que posso afirmar com total clareza de conhecimento, e até onde minha ignorância permite, é que, o que nos sobra é cinismo e hipocrisia. Pois, na hora de ajudara a cuidar, ninguém sabe e ou não quer aprender como fazer isso, e agora todos os brasileiros se sentem donos da Amazônia, lembram de desmatamentos, choram por ver as arvores sendo cortadas, mas ninguém lembra de jogar lixo no lixo, ninguém lembra de reciclar produtos como papel e plástico, ou de repensar em ações auto-sustentáveis para evitar ainda mais a degradação do meio ambiente.
Agora, todo mundo diz que a Amazônia é do Brasil, todo mundo vê o magnata como o “bandido” da história, e todo mundo acha bonito o estuprador da Amazônia derrubar a mata para plantar grãozinhos, que nem para a nossa mesa vai, pois, se fosse os preços dos grãos (arroz, milho e feijão) não estariam no preço que estão atualmente.
E ainda digo mais, para não dizer que eu só critico, andei pensando e cheguei a uma conclusão, vender a Amazônia não seria mesmo um bom negócio. Mas quem sabe aluga-la. Já que não conseguimos cuidar, que ao menos sejamos corretos em “empresta-la” para quem supostamente pode fazer isso.

Nenhum comentário: